11.4.09

Obras de Stª Engrácia...


Certamente já ouviram falar na expressão "obras de Santa Engrácia". Não ?!?
Ora cá vai a versão popular:

“Simão Pires, um cristão­ novo, cavalgava todos os dias até aos convento de Santa Clara para se encontrar, às escondidas com Violante. A jovem tinha sido feita noviça à força por vontade do seu pai, fidalgo que não estava de acordo com o seu amor. Um dia, Simão pediu à sua amada para fugir com ele, dando-lhe um dia para decidir. No dia seguinte, Simão foi acordado pelos homens do rei que o vinham prender acusando-o do roubo das relíquias da igreja de Santa Engrácia que ficava perto do convento. Para não prejudicar Violante, Simão não revelou a razão porque tinha sido visto no local. Apesar de ter invocado a sua inocência, foi preso e condenado à morte na fogueira, que se realizaria junto da nova igreja de Santa Engrácia, cujas obras já tinham começado. Quando as labaredas envolveram o corpo de Simão, este gritou que “Era tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem!”. Os anos passaram e a freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha sido ele, o ladrão das relíquias e sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado o Simão. Pedia-lhe agora o perdão que Violante lhe concedeu. Entretanto, um facto singular acontecia, as obras da igreja iniciadas à época da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se habituou a comparar “Tudo aquilo que não mais acaba” às obras de Santa Engrácia.”

Cá em Portugal, de facto, as obras começam e nunca mais acabam: duram, dias e dias, semanas e semanas, meses e meses..... mas a explicação é outra....

1 comentário:

Mariana disse...

Este jogo do GALO está demais!!!
:-)